O aprendizado de Biologia pode e deve ser estimulante, motivador não só para a aquisição do conhecimento específico como para capacitar todo cidadão a observar, fazer perguntas, obter informações, analisá-las e formular explicações, conceitos e opiniões com suas experiências (REZENDE, 1999; BORGES E LIMA, 2007; MEC, 2016).
As Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná descrevem que a proposta para o ensino de Biologia envolva a formação do sujeito crítico, reflexivo e analítico, portanto consolida-se por meio de um trabalho em que o professor reconhece a necessidade de superar concepções pedagógicas anteriores, ao mesmo tempo em que compartilha com os alunos a afirmação e a produção de saberes científicos a favor da compreensão do fenômeno vida. (SEED, 2008, p. 54).
A Botânica é considerada como uma das áreas da Biologia que apresenta maior dificuldade de estudo e é considerada por muitos estudantes do Ensino Médio como desinteressante (AMARAL, TEIXEIRA e SENRA, 2003; MIYAJI et al., 2010; BORGES et al., 2015; SILVA, COSTA e LIMA, 2015; CORRÊA, et al., 2016).
O ensino de Botânica desenvolvido no ensino fundamental e médio, nos dias atuais, é, em sua grande parte, feito por meio de listas de nomes científicos e de palavras totalmente isoladas da realidade, usadas para definir conceitos de difícil compreensão pelos alunos. Soma-se a isso o fato de estar muitas vezes condicionado à utilização de determinado livro didático. E a consequência inevitável de um panorama dessa natureza é a falta de estímulo e entusiasmo entre os alunos de se estudar botânica. (CALDEIRA e ARAÚJO, 2009. p. 209).
Atualmente, o ensino de Botânica é marcado por diversos problemas e tem sido alvo de preocupação de vários pesquisadores. Sua abordagem nos diversos níveis de ensino é tradicionalmente descontextualizada, excessivamente teórica e descritiva e pouco relacional, o que, obviamente, há de provocar baixo interesse e motivação nos estudantes (KATON, TOWATA e SAITO, 2013; MENEZES et al., 2008; UNO, 2009).
Segundo Caldeira e Araújo, (2009), a abordagem dos conteúdos de Botânica em espaços não formais ao da sala de aula mostra-se eficaz, com um salto qualitativo na aprendizagem, com um melhor entendimento da anatomia e fisiologia vegetal, estabelecendo vínculos positivos em relação a estes organismos.
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